Mudanças na lei afligem caminhoneiros
Além dos impostos e preços do diesel e frete, mudanças na Lei do Descanso afligem os caminhoneiros. A principal delas é o aumento do tempo máximo ao volante, de 4 horas para 5 horas e trinta minutos contínuas, além de alterar a forma de aproveitamento do descanso obrigatório. Para discutir uma maneira de barrar a emenda, mais de 200 dirigentes sindicais e de federações do setor de transporte do país se reuniram na semana passada em Campo Grande (MS).
Para o presidente da FTTRESP, Valdir de Souza Pestana, a possível alteração é reflexo de uma briga entre o setor trabalhista e o agronegócio. “A Câmara dos Deputados está composta por representantes do agronegócio e de grandes grupos, por isso essa proposta de mudar a lei. O agronegócio ofereceu a conta para o governo pagar, a conta dos mortos nas estradas e da desoneração da folha”, reclamou.
Para os caminhoneiros, o número de mortes nas estradas, que teve redução com a lei em 2012, vai voltar a subir, caso a carga horária seja aumentada. “Com essa mudança, o governo estará promovendo um genocídio nas rodovias”, alertou o presidente do Sincovelpa, José Pintor, lembrando que o número de mortes que era, em média, 5 mil por ano, caiu para 2,5 mil após a aprovação da lei 12619. “Hoje, as leis estão sendo transformadas através da força do agronegócio no país”, lamentou Pintor.
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