A união fez a diferença: profissionais do transporte de passageiros terão 8,2% de correção
Terminou na tarde desta terça-feira 28, o impasse sobre o reajuste salarial dos trabalhadores do setor de transporte de passageiros. A negociação já se estendia há quase um mês e as empresas Eliz Line e Rara Transportes já haviam feito outras duas propostas, negadas pelos trabalhadores através de votação.
Na proposta desta terça-feira 28, a comissão de trabalhadores e o Sindcovelpa aceitaram a terceira proposta feita pelas empresas. Com isso, os salários dos motoristas terão 8,2% de reajuste, pagos em duas vezes. A partir de julho serão pagos 4,2 a mais, retroativos ao mês de maio, data base do setor. Com isso, o salário entre julho e setembro será de R$ 1919,86. A partir de outubro, mais 4% serão repassados e o piso salarial passa a ser de R$ 1996,65. Para as demais funções, será repassado o mesmo percentual.
As cestas básicas concedidas pelas empresas também eram item de negociação para este acordo coletivo. Elas foram reajustadas de R$ 112,50 para R$ 122, também retroativo ao mês de maio.
Segundo o presidente do Sindcovelpa, José Pintor, a negociação com os empregadores do setor dos transportes de passageiros em Lençóis Paulista foi uma amostra importante da força que tem a união da categoria. “O tempo todo os trabalhadores buscaram o apoio do sindicato para essa negociação, como fazem todos os anos. E, o que foi mais importante, se mantiveram unidos e tiveram força para rejeitar as duas primeiras propostas, que não eram interessantes para a categoria”, avalia Pintor. “Com isso, nós do Sindcovelpa podemos dizer que esse reajuste foi uma grande conquista para o profissional. Em tempos de crise, conseguimos manter forte a nossa voz na reivindicação dos direitos do trabalhador”, completa.
Pintor ressalta também a importância do consenso entre as duas partes. “Esse acordo foi bom para os dois lados, tanto para as empresas quanto para os trabalhadores”, revela. “As duas partes estão de parabéns. Cada um cedeu um pouco para conseguir o acordo e continuar o trabalho normalmente”, finaliza.
• Veja outras notícias