Sindcovelpa adia decisão de reajustar mensalidades

06/10/2016

Nessa semana a diretoria do Sindcovelpa (Sindicato dos Condutores de Veículos de Lençóis Paulista) decidiu adiar a decisão de reajustar as mensalidades dos seus associados. Há cerca de 60 dias, o sindicato havia aprovado em assembleia o reajuste de R$ 5 (de R$ 32 para R$ 37). O novo valor seria cobrado a partir do dia 1º de novembro.

No entanto, a diretoria do Sindcovelpa resolveu adiar o reajuste. “Apesar de termos debatido amplamente a necessidade do reajuste e de termos, inclusive, aprovado esse reajuste em assembleia com os associados, muitos trabalhadores nos procuraram posteriormente para se manifestar contra essa decisão”, revela o presidente do Sindcovelpa, José Pintor. “E diante deste cenário, resolvemos adiar esse reajuste pelo máximo de tempo possível”, acrescenta.

No primeiro semestre deste ano, o Ministério Público do Trabalho decidiu proibir o recolhimento da contribuição confederativa assistencial – um direito dos sindicatos garantido por lei – e isso vai impactar em 30% no orçamento do Sindcovelpa a partir do momento em que ela não for mais recolhida. Para a manutenção de todos os benefícios que o sindicato oferece ao trabalhador, o reajuste de R$ 5 é o caminho. “É um reajuste pequeno frente ao que conquistamos para a categoria em reajuste salarial só na data-base deste ano (10% para todos, enquanto as outras categorias conseguiram 8%). Isso sem contar em todos os benefícios que garantimos ao trabalhador ao longo dos nossos quase 30 anos de história”, considera Pintor.

Segundo Pintor, o Sindcovelpa – junto com outras entidades representativas do trabalhador rodoviário em todo o Brasil – ainda tenta discutir e reverter juridicamente a decisão do Ministério Público do Trabalho. Enquanto os meios jurídicos não se esgotarem, mesmo com a sensível perda de receita que pode e deve afetar a prestação de serviço ao associado, o reajuste será engavetado. “Vamos levar o sindicato sem esse reajuste o máximo possível. Se chegar o momento em que percebermos que a entidade será financeiramente inviabilizada, esse assunto voltará à pauta de discussão”, afirmou.



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